quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Situação de Aprendizagem 4 Socialismo,Comunismo e Anarquismo

SOCIALISMO - A História das Idéias Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro deles é entre os socialistas Utópicos e os socialistas Científicos, marcado pela introdução das idéias de Marx e Engels no universo das propostas de construção da nova sociedade. O avanço das idéias marxistas consegue dar maior homogeneidade ao movimento socialista internacional.

Pela primeira vez, trabalhadores de países diferentes, quando pensavam em socialismo, estavam pensando numa mesma sociedade - aquela preconizada por Marx - e numa mesma maneira de chegar ao poder. 


COMUNISMO - As idéias básicas de Karl Marx estão expressas principalmente no livro O Capital e n'O Manifesto Comunista, obra que escreveu com Friedrich Engels, economista alemão. Marx acreditava que a única forma de alcançar uma sociedade feliz e harmoniosa seria com os trabalhadores no poder. Em parte, suas idéias eram uma reação às duras condições de vida dos trabalhadores no século XIX, na França, na Inglaterra e na Alemanha. Os trabalhadores das fábricas e das minas eram mal pagos e tinham de trabalhar muitas horas sob condições desumanas.

Marx estava convencido que a vitória do comunismo era inevitável. Afirmava que a história segue certas leis imutáveis, à medida que avança de um estágio a outro. Cada estágio caracteriza-se por lutas que conduzem a um estágio superior de desenvolvimento. O comunismo, segundo Marx, é o último e mais alto estágio de desenvolvimento.

Para Marx, a chave para a compreensão dos estágios do desenvolvimento é a relação entre as diferentes classes de indivíduos na produção de bens. Afirmava que o dono da riqueza é a classe dirigente porque usa o poder econômico e político para impor sua vontade ao povo. Para ele, a luta de classes é o meio pelo qual a história progride. Marx achava que a classe dirigente jamais iria abrir mão do poder por livre e espontânea vontade e que, assim, a luta e a violência eram inevitáveis.



ANARQUISMO foi a proposta revolucionária internacional mais importante do mundo durante a segunda metade do século XIX e início do século XX, quando foi substituído pelo marxismo (comunismo). Em suma, o anarquismo prega o fim do Estado e de toda e qualquer forma de governo, que seriam as causas da existência dos males sociais, que devem ser substituídos por uma sociedade em que os homens são livres, sem leis, polícia, tribunais ou forças armadas. A sociedade anarquista seria organizada de acordo com a necessidade das comunidades, cujas relações seriam voltadas ao auto-abastecimento sem fins lucrativos e à base de trocas. A doutrina, que teve em Bakunin seu grande expoente teórico, organizou-se primeiramente na Rússia, expandindo-se depois para o resto da Europa e também para os Estados Unidos. O auge de sua propagação deu-se no final do século XIX, quando agregou-se ao movimento sindical, dando origem ao anarco-sindicalismo, que pregava que os sindicatos eram os verdadeiros agentes das transformações sociais. Com o surgimento do marxismo, entretanto, uma proposta revolucionária mais adequada ao quadro social vigente no século XX, o anarquismo entrou em decadência. Sem, contudo, deixar de ter tido sua importância histórica, como no episódio em que os anarquistas italianos Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti foram executados por assassinato em 1921, nos EUA, mesmo com as inúmeras evidências e testemunhos que provavam sua inocência.

Linha de produção pode ser entendida como uma forma de produção em série, onde vários operários, com ajuda de máquinas , especializados em diversas funções específicas e repetitivas, trabalhando de forma sequencial, chega-se a um produto semi-acabado ou acabado; ocorre quando um estabelecimento industrial com o auxílio de máquinas se transformam as matérias-primas e produtos semi-acabados em produtos acabados destinados ao consumo. A forma mais característica, a da montagem em série, foi inventada por  Henry Ford, empresário estadunidense do setor automobilístico. Graças a ela, Ford conseguiu produzir em massa seu famoso carro Ford T .
Na forma da montagem em série a indústria é associada a uma máquina, com cada operário se especializando pela repetição em uma determinada função. Criticada por "desumanizar" o homem, sofreu um dos mais famosos ataques quando  Chales Chaping realizou o filmeTempos modernos , fazendo com que o seu personagem Carlitos sofresse uma crise nervosa ao trabalhar como autônimo numa linha de produção.
REVOLUÇÃO FRANCESA E O IMPÉRIO NAPOLEÔNICO
- ABSOLUTISMO NA FRANÇA – LUÍS 14 “REI SOL” – COMPRA DA TRANQUILIDADE POLÍTICA: LUXUOSA CORTE EM VERSALHES / CARGOS PÚBLICOS / PENSÕES REAIS
- NOVAS TECNOLOGIAS – AUMENTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA – IMPOSTOS AUMENTAVAM MAS NÃO SE SENTIA TANTO;
- 3 ORDENS DO ANTIGO REGIME:
• 1° ESTADO (CLERO): NÃO PAGAVAM IMPOSTOS
• ALTO CLERO: PAPA, CARDEAIS, BISPOS (VIDA LUXUOSA);
• BAIXO CLERO: PADRES, MONGES (VIDA HUMILDE)
• 2° ESTADO: NOBREZA , PALACIANA (PENSÕES REAIS); PROVINCIANA (VIVIAM NO CAMPO); TOGADA (BURGUESES QUE COMPRAVAM TÍTULOS DE NOBREZA); NÃO PAGAVAM IMPOSTOS
• 3º ESTADO: ALTA BURGUESIA (BANQUEIROS, GRANDES COMERCIANTES,ETC); MÉDIA BURGUESIA (ADVOGADOS, ESCRITORES, ETC); PEQUENA BURGUESIA (ARTESÃOS, LOJISTAS); SALAS – CULOTTES (TRABALHADORES URBANOS); CAMPONESES
- 1774 – LUÍS 16 – ARRECADAÇÃO INSUFICIENTE – ASSEMBLÉIA DOS ESTADOS GERAIS -VOTO POR ESTADO – 3° ESTADO QUER VOTO POR CABEÇA, PORTANTO RETIRA-SE DA ASSEMBLÉIA E PROCLAMA-SE ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE;
- REI COM MEDO MANDA O 1° E 2° ESTADO SE JUNTAR À NOVA ASSEMBLÉIA;
- 14/07/1789 – TOMADA DA BASTILHA / SAQUES E INCÊNDIOD NOS CAMPOS – FUGA DE NOBRES PARA OUTROS PAÍSES;
- 26/08/1789 – DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO (IGUALDADE);
- PRÚSSIA E ÁUSTRIA ORGANIZAM A CONTRA-REVOLUÇÃO – REI LUÍS 16 TENTA FUGIR MAS É RECONHECIDO E CONDUZIDO À PARIS DESMORALIZADO – VITÓRIA DOS FRANCESES NA GUERRA E EXECUÇÃO DO REI (GUILHOTINA);
- JACOBINOS (PEQUENOS E MÉDIOS BURGUESES) E GIRONDINOS (ALTA BURGUESIA)
- COMITÊ DE SALVAÇÃO PÚBLICA (DANTON LIDERAVA): MANTER A REVOLUÇÃO – ROBESPIERRE ASSUME O COMANDO DO COMITÊ: EPOCA DO TERROR (MORTE DE MILHARES, INCLUSIVE DANTON) – PERDA DE APOIO POPULAR;
- GIRONDINOS ASSUMEM O COMANDO DO COMITÊ E CRIAM O DIRETÓRIO (5 MEMBROS) -CORRUPÇÃO GENERALIZADA;
- NAPOLEÃO BONAPARTE CHEGA AO PODER (GOLPE 18 BRUMÁRIO) – CONSULADO (3 MEMBROS): NAPOLEÃO, DUCOS E SYIES;
- BOM GOVERNO DE NAPOLEÃO: ESCOLAS, REFORMA AGRÁRIA, LEIS IGUALITÁRIAS;
- NAPOLEÃO COROADO IMPERADOR – CONQUISTA DE QUASE TODA A EUROPA (MENOS ING E RÚSSIA);
- BLOQUEIO CONTINENTAL – INVASAO DA ESPANHA E PORTUGAL – FUGA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA PARA O BRASIL;
- 1812 – NAPOLEÃO É DERROTADO PELO FRIO RUSSO – MORTE DE 400 MIL SOLDADOS;
- 1814 – PARIS É INVADIDA – NAPOLEÃO É PRESO (ILHA DE ELBA) – FUGA – GOVERNO DOS CEM DIAS – PRISÃO NA ILHA DE SANTA HELENA E MORTE (1821);
- 1815 – CONGRESSO DE VIENA: DEVOLUÇÃO DOS GOVERNOS AS MONARQUIAS DEPOSTAS POR NAPOLEÃO

Caderno do Aluno Vol 4 - Situação de Aprendizagem 1,2,3 e 4

Situação de aprendizagem 1
A EXPANSÃO PARA O OESTE E A DOUTRINA DO DESTINO MANIFESTO
O expansionismo pode ser dividido em três frentes: negociação, Guerra do México e anexação de terras indígenas. 
A ação diplomática dos Estados Unidos foi marcada por um grande êxito já no início do século XIX, quando Napoleão Bonaparte em 1803 debilitado pelas guerras na Europa, vendeu a Lousiana (um imenso território onde foram formados 13 novos Estados) por 15 milhões de dólares. Em seguida (1819), a Espanha vendia a Flórida por apenas 5 milhões de dólares. Destaca-se ainda a incorporação do Oregon, cedido pela Inglaterra em 1846 e do Alasca, comprado da Rússia por 7 milhões de dólares em 1867, dois anos após o término da Guerra de Secessão.
Em 1821 os norte-americanos passaram a colonizar parte do México com aval do próprio governo mexicano, que em troca, exigiu adoção do catolicismo nas áreas ocupadas. As dificuldades para consolidação de um Estado Nacional no México, marcadas por constantes conflitos internos e ditaduras, acabaram criando condições mais favoráveis ainda para a expansão dos Estados Unidos. Foi nessa conjuntura, que em 1845, colonos norte-americanos proclamaram a independência do Texas em relação ao México, incorporando-o aos Estados Unidos. Iniciava-se a Guerra do México (1845-48), na qual a ex-colônia espanhola perdia definitivamente para os Estados Unidos as regiões do Texas, além das do Novo México, Califórnia, Utah, Arizona, Nevada e parte do Colorado. Em apenas três anos cerca de metade do México incorporava-se aos Estados Unidos. 
Destino Manifesto é o pensamento que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para comandar o mundo, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina. Os defensores do Destino Manifesto acreditavam que os povos da América Latina e Andina deveriam ser seus escravos, pois estavam no mesmo continente e, por a maioria dos países latino-americanos ser subdesenvolvida, desenvolveram o chamado: "Be strong while having slaves", frase de propaganda política do século XIX que usava sua cultura para que pessoas de outros países achassem que os Estados Unidos eram o melhor país do mundo, virando essas pessoas até contra seus países de origem. O Destino Manifesto se tornou um termo histórico padrão, frequentemente usado como um sinônimo para a expansão territorial dos Estados Unidos pelo Norte da América e pelo Oceano Pacífico [1]
As doutrinas do Destino Manifesto foram usadas explicitamente pelo governo e pela mídia norte-americana durante a década de 1840, até a compra de Gadsden (sendo também inclusa a compra do Alasca por alguns historiadores), como justificativa do expansionismo norte-americano na América do Norte. O uso formal destas doutrinas deixou de ser utilizado oficialmente desde a década de 1850 até o final da década de 1880, quando foi então revivido, e passou a ser usado novamente por políticos norte-americanos como uma justificativa para o expansionismo norte-americano fora da América. Após isto, o uso da ideologia do Destino Manifesto deixou de ser empregado explicitamente pela mídia e por políticos em geral, embora alguns especialistas acreditem que certas doutrinas do Destino Manifesto tenham, desde então, influenciado muito as ideologias e as doutrinas imperialistas norte-americanas até os dias atuais [1].
O presidente James Buchanan, no discurso de sua posse em 1857 deixou bem claro a determinação do domínio norte-americano:
§  "A expansão dos Estados Unidos sobre o continente americano, desde o Ártico até a América do Sul, é o destino de nossa raça (...) e nada pode detê-la".


SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

A GUERRA CIVIL (GUERRA DE SECESSÃO)
Guerra da Secessão - é como é conhecida a Guerra Civil ocorrida nos Estados Unidos de 1861 a 1865, entre os Estados do sul e os do norte, motivados pela abolição da escravatura. 
A eleição do antiescravagista Abraham Lincoln (veja abaixo) para a presidência da República, em 1860, provocou a secessão dos Estados escravagistas do sul, que criaram em Richmond uma confederação liderada por Jefferson Davis.
A guerra começou quando forças confederadas comandados por Lee (veja abaixo) atacaram o Fort Sumter, um posto militar americano na Carolina do Sul, em 12 de Abril de 1861, e terminaria somente em 28 de junho de 1865, com a rendição das últimas tropas remanescentes da Confederação
Os sulistas venceram em Richmond e Fredericksburg, mas fracassaram em Gettysburg (julho de 1863). Enquanto sua frota, sob as ordens do almirante Farragut, tomou New Orleans (1862) e bloqueou os portos do sul, os nortistas ou federados, comandados por Grant (veja abaixo), penetraram a oeste no vale do Mississípi, apoderando-se de Vicksburg (julho de 1863) e Chattanooga (novembro), separando da confederação os Estados a oeste do Mississípi. 
Sherman, após tomar Atlanta, atingiu o Oceano Atlântico em Savannah (dezembro) e venceu Johnstan em Betonville. As tropas de Grant tomaram Petersburg (abril de 1865), forçando Lee, cercado em Appomattox, a capitular em 19 de abril. A guerra deixou cerca de 620 mil mortos nos EUA, na época cerca de 2% da população americana, o mesmo total de mortos norte-americanos nas duas Guerras Mundiais (saiba mais). Destacamos que Tex participou meio forçadamente da Guerra da Secessão. Na época mais jovem, nosso personagem faz dupla com Dick Furacão e entrou para as fileiras dos nortistas como batedor do exército, por achar que era a causa mais justa. Esse episódio foi contado na aventura Entre Duas Bandeiras, magistralmente escrita por G.L.Bonelli e desenhada por Galep (veja TEX-053, TEX-054, TEX-055 ou TXC-160,TXC-161, TXC-162 e TXC-163).Uma outra história enfocou esse mesmo tema, retratando uma trágica passagem da guerra, aventura que recebeu no Brasil o título "A Planície da Traição" e que nos revela fatos sobre a batalha do Passo de Glorieta, quando Tex, Dick Furacão e um tenente sulista se juntam para salvar centenas de vidas (veja ATX-002).


Situação de aprendizagem 3 
ABOLIÇÃO E IMIGRAÇÃOA
Abolição da Escravidão e o início da experiência do mercado de trabalho livre,acontecem às portas da Proclamação da República (15 de novembro de 1889),evidenciando um processo de grande transição no país, tanto no aspecto econômico quanto político e cultural. A Abolição,segundo Gebara 1, foi um processo  impulsionado principalmente por três fatores: 1) pressão internacional, particularmente a partir das idéias liberais que sustentavam a Inglaterra como uma das nações mais poderosas do mundo; 2)Guerra Brasil-Paraguai: como o governo brasileiro precisava de homens para o confronto na divisa com o Paraguai, aos cativos era oferecida a liberdade como recompensa, afinal,nenhum soldado haveria de lutar em defesa de uma pátria que o mantinha na condição de escravo; 3) Revolta dos escravos: como o número de cativos que se suicidavam crescia, concomitantemente com a quantidade de escravos rebelados que se evadiam das fazendas,a escravidão tornara-se cada vez mais onerosa e inviável do ponto de vista de manutenção da produção nas fazendas.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
IMAGINÁRIO REPUBLICANO

A transição para a República não ocorreu sem problemas, embora desde 1870, ano do Manifesto Republicano, as contestações à monarquia e seus atos já fossem inúmeros. Mesmo assim o dia 15 de novembro não foi unanimidade, muitos foram pegos de surpresa e para muitos outros, que não entendiam o acontecimento, nada mudou. Os dez primeiros anos da República, “chamados de ‘anos entrópicos’, nos quais a quantidade de desafios parece ser maior que a capacidade dos atores de erradicar a ignorância sobre o que se passava”[*6], foram de grande instabilidade; conflitos e poucas mudanças estruturais aconteceram.
Os desafios dos primeiros anos podem ser observados na disputa pela “verdadeira” interpretação dos fatos, destacando uma vertente monarquista e outra republicana. Não se tratava de uma disputa historiográfica, mas sim da busca da formação de uma identidade coletiva para o país e para a República,que logo teve sua figura caricaturizada. De acordo com Lippi, os dois grupos tentaram impor suas versões e a memória nacional lutou por uma síntese de ambas através de novas versões e símbolos. Ao contrário de Carvalho para quem não houve versão vencedora, ficando inconcluso o mito, para a autora a interpretação monarquista foi a vitoriosa e deixou marcas até os nossos dias. Para um regime instável e com pouca credibilidade a formação de um imaginário republicano era ainda mais imprescindível, pois é nele que “as sociedades[...] organizam seu passado, presente e futuro.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Situação de Aprendizagem 4

Independência dos Estados Unidos

Os Estados Unidos da América (em inglês: United States of America; [juːˈnaɪ.təd ˈsteɪʦ əv əˈmɛ.ɻɪ.kə]), ou simplesmente Estados Unidos (em inglês: United States[juːˈnaɪ.təd ˈsteɪʦ]), são uma república constitucional federal composta por cinquenta estados e um distrito federal. A maior parte do país situa-se na região central da América do Norte, formada por 48 estados e Washington, D.C., o distrito federal da capital. Localiza-se entre os oceanos Pacífico e Atlântico, fazendo fronteira com o Canadá a norte e com o México a sul. O estado do Alasca está no noroeste do continente, fazendo fronteira com o Canadá no leste e com a Rússia a oeste, através do estreito de Bering. O estado do Havaí é um arquipélago no Pacífico Central. O país também possui vários outros territórios no Caribe e no Pacífico.
Com 9,37 milhões de km² de área e cerca de 309 milhões de habitantes, os Estados Unidos são o quarto maior país em área total, o quinto maior em área contínua e o terceiro em população. O país é uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas do mundo, produto da forte imigração vinda de muitos países. A economia dos Estados Unidos é a maior economia nacional do mundo, com um produto interno bruto que em 2008 foi de 14,2 trilhões de dólares, o que foi equivalente a um quarto do valor do PIB nominal mundial e um quinto do PIB mundial por paridade do poder de compra).
Os povos indígenas, provavelmente de origem asiática, habitam o que é hoje o território dos Estados Unidos desde há muitos milhares de anos. Esta população nativa americana foi muito reduzida após o contato com os Europeus devido a doenças e guerras. Os Estados Unidos foram fundados pelas treze colônias do Império Britânico localizadas ao longo da costa atlântica do país. Em 4 de julho de 1776, foi emitida a Declaração de Independência, que proclamou o seu direito à autodeterminação e a criação de uma união cooperativa. Os estados rebeldes derrotaram a Grã-Bretanha na Guerra Revolucionária Americana, a primeira guerra colonial bem sucedida da Idade Contemporânea. A Convenção de Filadélfia aprovou a atual Constituição dos Estados Unidos em 17 de setembro de 1787; sua ratificação no ano seguinte tornou os estados parte de uma única república com um forte governo central. A Carta dos Direitos, composta por dez emendas constitucionais que garantem vários direitos civis e liberdades fundamentais, foi ratificada em 1791.
No século XIX, os Estados Unidos adquiriram terras da França, Espanha, Reino Unido, México e Rússia, e anexaram a República do Texas e a República do Havaí. Os litígios entre o sul agrário e o norte industrializado do país sobre os direitos dos estados e sobre a expansão da instituição da escravatura, provocaram a Guerra de Secessão, que decorreu entre 1861 e 1865. A vitória do Norte impediu a separação do país e levou ao fim da escravidão legal nos Estados Unidos. Na década de 1870, a economia do país tornou-se a maior do mundo.A Guerra Hispano-Americana e a Primeira Guerra Mundial confirmaram o estatuto do país como uma potência militar. A nação emergiu da Segunda Guerra Mundial como o primeiro país com armas nucleares e como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O fim da Guerra Fria e a dissolução da União Soviética deixaram os Estados Unidos como a única superpotência restante no planeta. O país responde por dois quintos dos gastos militares globais e é um forte líder econômico, político e cultural no mundo.

Situação de Aprendizagem 3

         Iluminismo   

            Era do Iluminismo (ou simplesmente Iluminismo ou Era da Razão) foi um movimento cultural de elite de intelectuais do século XVIII na Europa, que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento prévio. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos da Igreja e do Estado. Originário do período compreendido entre os anos de 1650 e 1700, o Iluminismo foi despertado pelos filósofos Baruch Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático Isaac Newton (1643-1727). Príncipes reinantes, muitas vezes apoiaram e fomentaram figuras do Iluminismo e até mesmo tentaram aplicar as suas idéias de governo. O Iluminismo floresceu até cerca de 1790-1800, após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase do romantismo na emoção e um movimento Contra-Iluminismo ganhou força.
           O centro do Iluminismo foi a França, onde foi baseado nos salões e culminou com a grande Encyclopédie (1751-1772) editada por Denis Diderot (1713-1784) com contribuições de centenas de líderes filosóficos (intelectuais), tais como Voltaire (1694 -1778) e Montesquieu (1689-1755). Cerca de 25.000 cópias do conjunto de 35 volumes foram vendidos, metade deles fora da França. As novas forças intelectuais se espalharam para os centros urbanos em toda a Europa, nomeadamente Inglaterra, Escócia, os estados alemães, Países Baixos, Rússia, Itália, Áustria e Espanha, em seguida, saltou o Atlântico em colônias européias, onde influenciou Benjamin Franklin e Thomas Jefferson, entre muitos outros, e desempenhou um papel importante na Revolução Americana. Os ideais políticos influenciaram a Declaração de Independência dos Estados Unidos, a Carta dos Direitos dos Estados Unidos, a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão e a Constituição Polaco-Lituana de 3 de maio de 1791.
             
               Os pensadores iluministas tinham como ideal a extensão dos princípios do conhecimento crítico a todos os campos do mundo humano. Supunham poder contribuir para o progresso da humanidade e para a superação dos resíduos de tirania e superstição que creditavam ao legado da Idade Média. A maior parte dos iluministas associava ainda o ideal de conhecimento crítico à tarefa do melhoramento do estado e da sociedade.
            O uso do termo Iluminismo na forma singular justifica-se, contudo, dadas certas tendências gerais comuns a todos os iluminismos, nomeadamente, a ênfase nas ideias de progresso e perfectibilidade humana, assim como a defesa do conhecimento racional como meio para a superação de preconceitos e ideologias tradicionais.
              Entre o final do século XVII e a primeira metade do século XVIII, a principal influência sobre a filosofia do iluminismo proveio das concepções mecanicistas da natureza que haviam surgido na sequência da chamada revolução científica do século XVII. Neste contexto, o mais influente dos cientistas e filósofos da natureza foi então o físico inglês Isaac Newton. Em geral, pode-se afirmar que a primeira fase do Iluminismo foi marcada por tentativas de importação do modelo de estudo dos fenômenos físicos para a compreensão dos fenômenos humanos e culturais.
           No entanto, a partir da segunda metade do século XVIII, muitos pensadores iluministas passaram a afastar-se das premissas mecanicistas legadas pelas teorias físicas do século XVII, aproximando-se então das teorias vitalistas que eram desenvolvidas pelas nascentes ciências da vida. Boa parte das teorias sociais e das filosofias da história desenvolvidas na segunda metade do século XVIII, por autores como Denis Diderot e Johann Gottfried von Herder, entre muitos outros, foram fortemente inspiradas pela obra de naturalistas tais como Buffon e Johann Friedrich Blumenbach.

Situação de Aprendizagem 1

Revolução Inglesa - " Hobbes e Locke "

        Durante o século XVII, a Inglaterra vivia um período de grande crescimento econômico. Durante a dinastia Tudor, o país passou a exportar seus produtos, principalmente lã e alimentos, para muitos países da Europa. Nesse contexto, as propriedades rurais passaram a ter grande importância, uma vez que a matéria-prima era essencial para a fabricação de produtos manufaturados. Em virtude disso, os grandes proprietários de terra passaram a realizar a prática do cercamento, que de forma bem simples, consistia na expulsão dos camponeses de suas terras.

           Assim, inúmeros camponeses foram tentar viver nas cidades, tendo que se sujeitarem a péssimas condições de trabalho e vida. Desta forma, a Inglaterra viveu um momento de desenvolvimento bastante contraditório, baseado na exclusão social de grande parte de sua população.

            Além disso, a própria burguesia, cada vez mais atuante, estava insatisfeita com o poder absoluto nas mãos do rei, uma vez que isso poderia ser um obstáculo à expansão de seus negócios. O que a rica classe queria, na verdade, é ter um poder político correspondente ao seu poder econômico.

          A necessidade de aumentar os impostos foi a questão central do desentendimento entre os reis Jaime I e seu filho Carlos I com o Parlamento. Por muitas vezes, Carlos I mandou dissolver o mesmo, atuando como um tirano. Outro fator que causou o que chamamos de Revolução Inglesa foi a tentativa de imposição do anglicanismo, feita por Carlos I, a todos os cidadãos ingleses, escoceses e irlandeses, o que desagradou muitos puritanos e presbiterianos que habitavam a região.

          Todas estas questões causaram a insatisfação de grande parte do povo, da burguesia e do Parlamento para com o rei e seus poderes absolutos. A guerra civil propriamente dita se estendeu de 1642 a 1649.

            Embora as tropas ligadas ao Parlamento, conhecidas como Cabeças Redondas, tenham sofrido muitas derrotas no começo das batalhas, se recuperaram posteriormente, graças à liderança de Oliver Cromwell. Por fim, venceram as tropas de Carlos I, o prenderam e o mataram.

            Entre os anos de 1649 e 1658, a Inglaterra foi dirigida por Oliver Cromwell, o qual soube conter diversas resistências contra seu reinado e impulsionar ainda mais o desenvolvimento econômico inglês.  
           Nesse sentido, o mesmo aprovou o Ato de Navegação, no qual estabelecia que todos os produtos ingleses deveriam ser comercializados somente em navios ingleses, o que transformou a Inglaterra na maior potência naval da época.

         O filho e sucessor de Cromwell, Richard, não tinha a mesma habilidade de seu pai e acabou renunciando ao cargo. Assim, os adversários da república conseguiram restabelecer a monarquia novamente e proclamar Carlos II, da família Stuart, como rei. Esta nova imposição da monarquia ficou conhecida como Restauração.

          Carlos II e seu irmão Jaime II eram católicos, o que não agradava a burguesia. Assim, era necessário derrubar a monarquia outra vez. A solução encontrada foi um Golpe de Estado, no qual o Parlamento permitiu que o príncipe holandês Guilherme de Orange destituísse Jaime II e se tornasse rei sob diversas condições. Assim, Guilherme de Orange foi obrigado a jurar a Declaração de Direitos (Bill of Rights), documento no qual cedia amplos poderes ao Parlamento.

           Após a Revolução Inglesa, a Inglaterra passou a ter um governo parlamentarista, no qual todas as decisões são tomadas pelo Parlamento (o rei reina, mas não governa), e a burguesia confirmou ainda mais sua ascensão.