quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Caderno do Aluno Vol 4 - Situação de Aprendizagem 1,2,3 e 4

Situação de aprendizagem 1
A EXPANSÃO PARA O OESTE E A DOUTRINA DO DESTINO MANIFESTO
O expansionismo pode ser dividido em três frentes: negociação, Guerra do México e anexação de terras indígenas. 
A ação diplomática dos Estados Unidos foi marcada por um grande êxito já no início do século XIX, quando Napoleão Bonaparte em 1803 debilitado pelas guerras na Europa, vendeu a Lousiana (um imenso território onde foram formados 13 novos Estados) por 15 milhões de dólares. Em seguida (1819), a Espanha vendia a Flórida por apenas 5 milhões de dólares. Destaca-se ainda a incorporação do Oregon, cedido pela Inglaterra em 1846 e do Alasca, comprado da Rússia por 7 milhões de dólares em 1867, dois anos após o término da Guerra de Secessão.
Em 1821 os norte-americanos passaram a colonizar parte do México com aval do próprio governo mexicano, que em troca, exigiu adoção do catolicismo nas áreas ocupadas. As dificuldades para consolidação de um Estado Nacional no México, marcadas por constantes conflitos internos e ditaduras, acabaram criando condições mais favoráveis ainda para a expansão dos Estados Unidos. Foi nessa conjuntura, que em 1845, colonos norte-americanos proclamaram a independência do Texas em relação ao México, incorporando-o aos Estados Unidos. Iniciava-se a Guerra do México (1845-48), na qual a ex-colônia espanhola perdia definitivamente para os Estados Unidos as regiões do Texas, além das do Novo México, Califórnia, Utah, Arizona, Nevada e parte do Colorado. Em apenas três anos cerca de metade do México incorporava-se aos Estados Unidos. 
Destino Manifesto é o pensamento que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para comandar o mundo, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina. Os defensores do Destino Manifesto acreditavam que os povos da América Latina e Andina deveriam ser seus escravos, pois estavam no mesmo continente e, por a maioria dos países latino-americanos ser subdesenvolvida, desenvolveram o chamado: "Be strong while having slaves", frase de propaganda política do século XIX que usava sua cultura para que pessoas de outros países achassem que os Estados Unidos eram o melhor país do mundo, virando essas pessoas até contra seus países de origem. O Destino Manifesto se tornou um termo histórico padrão, frequentemente usado como um sinônimo para a expansão territorial dos Estados Unidos pelo Norte da América e pelo Oceano Pacífico [1]
As doutrinas do Destino Manifesto foram usadas explicitamente pelo governo e pela mídia norte-americana durante a década de 1840, até a compra de Gadsden (sendo também inclusa a compra do Alasca por alguns historiadores), como justificativa do expansionismo norte-americano na América do Norte. O uso formal destas doutrinas deixou de ser utilizado oficialmente desde a década de 1850 até o final da década de 1880, quando foi então revivido, e passou a ser usado novamente por políticos norte-americanos como uma justificativa para o expansionismo norte-americano fora da América. Após isto, o uso da ideologia do Destino Manifesto deixou de ser empregado explicitamente pela mídia e por políticos em geral, embora alguns especialistas acreditem que certas doutrinas do Destino Manifesto tenham, desde então, influenciado muito as ideologias e as doutrinas imperialistas norte-americanas até os dias atuais [1].
O presidente James Buchanan, no discurso de sua posse em 1857 deixou bem claro a determinação do domínio norte-americano:
§  "A expansão dos Estados Unidos sobre o continente americano, desde o Ártico até a América do Sul, é o destino de nossa raça (...) e nada pode detê-la".


SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

A GUERRA CIVIL (GUERRA DE SECESSÃO)
Guerra da Secessão - é como é conhecida a Guerra Civil ocorrida nos Estados Unidos de 1861 a 1865, entre os Estados do sul e os do norte, motivados pela abolição da escravatura. 
A eleição do antiescravagista Abraham Lincoln (veja abaixo) para a presidência da República, em 1860, provocou a secessão dos Estados escravagistas do sul, que criaram em Richmond uma confederação liderada por Jefferson Davis.
A guerra começou quando forças confederadas comandados por Lee (veja abaixo) atacaram o Fort Sumter, um posto militar americano na Carolina do Sul, em 12 de Abril de 1861, e terminaria somente em 28 de junho de 1865, com a rendição das últimas tropas remanescentes da Confederação
Os sulistas venceram em Richmond e Fredericksburg, mas fracassaram em Gettysburg (julho de 1863). Enquanto sua frota, sob as ordens do almirante Farragut, tomou New Orleans (1862) e bloqueou os portos do sul, os nortistas ou federados, comandados por Grant (veja abaixo), penetraram a oeste no vale do Mississípi, apoderando-se de Vicksburg (julho de 1863) e Chattanooga (novembro), separando da confederação os Estados a oeste do Mississípi. 
Sherman, após tomar Atlanta, atingiu o Oceano Atlântico em Savannah (dezembro) e venceu Johnstan em Betonville. As tropas de Grant tomaram Petersburg (abril de 1865), forçando Lee, cercado em Appomattox, a capitular em 19 de abril. A guerra deixou cerca de 620 mil mortos nos EUA, na época cerca de 2% da população americana, o mesmo total de mortos norte-americanos nas duas Guerras Mundiais (saiba mais). Destacamos que Tex participou meio forçadamente da Guerra da Secessão. Na época mais jovem, nosso personagem faz dupla com Dick Furacão e entrou para as fileiras dos nortistas como batedor do exército, por achar que era a causa mais justa. Esse episódio foi contado na aventura Entre Duas Bandeiras, magistralmente escrita por G.L.Bonelli e desenhada por Galep (veja TEX-053, TEX-054, TEX-055 ou TXC-160,TXC-161, TXC-162 e TXC-163).Uma outra história enfocou esse mesmo tema, retratando uma trágica passagem da guerra, aventura que recebeu no Brasil o título "A Planície da Traição" e que nos revela fatos sobre a batalha do Passo de Glorieta, quando Tex, Dick Furacão e um tenente sulista se juntam para salvar centenas de vidas (veja ATX-002).


Situação de aprendizagem 3 
ABOLIÇÃO E IMIGRAÇÃOA
Abolição da Escravidão e o início da experiência do mercado de trabalho livre,acontecem às portas da Proclamação da República (15 de novembro de 1889),evidenciando um processo de grande transição no país, tanto no aspecto econômico quanto político e cultural. A Abolição,segundo Gebara 1, foi um processo  impulsionado principalmente por três fatores: 1) pressão internacional, particularmente a partir das idéias liberais que sustentavam a Inglaterra como uma das nações mais poderosas do mundo; 2)Guerra Brasil-Paraguai: como o governo brasileiro precisava de homens para o confronto na divisa com o Paraguai, aos cativos era oferecida a liberdade como recompensa, afinal,nenhum soldado haveria de lutar em defesa de uma pátria que o mantinha na condição de escravo; 3) Revolta dos escravos: como o número de cativos que se suicidavam crescia, concomitantemente com a quantidade de escravos rebelados que se evadiam das fazendas,a escravidão tornara-se cada vez mais onerosa e inviável do ponto de vista de manutenção da produção nas fazendas.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
IMAGINÁRIO REPUBLICANO

A transição para a República não ocorreu sem problemas, embora desde 1870, ano do Manifesto Republicano, as contestações à monarquia e seus atos já fossem inúmeros. Mesmo assim o dia 15 de novembro não foi unanimidade, muitos foram pegos de surpresa e para muitos outros, que não entendiam o acontecimento, nada mudou. Os dez primeiros anos da República, “chamados de ‘anos entrópicos’, nos quais a quantidade de desafios parece ser maior que a capacidade dos atores de erradicar a ignorância sobre o que se passava”[*6], foram de grande instabilidade; conflitos e poucas mudanças estruturais aconteceram.
Os desafios dos primeiros anos podem ser observados na disputa pela “verdadeira” interpretação dos fatos, destacando uma vertente monarquista e outra republicana. Não se tratava de uma disputa historiográfica, mas sim da busca da formação de uma identidade coletiva para o país e para a República,que logo teve sua figura caricaturizada. De acordo com Lippi, os dois grupos tentaram impor suas versões e a memória nacional lutou por uma síntese de ambas através de novas versões e símbolos. Ao contrário de Carvalho para quem não houve versão vencedora, ficando inconcluso o mito, para a autora a interpretação monarquista foi a vitoriosa e deixou marcas até os nossos dias. Para um regime instável e com pouca credibilidade a formação de um imaginário republicano era ainda mais imprescindível, pois é nele que “as sociedades[...] organizam seu passado, presente e futuro.


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